Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/20.500.12253/959
Título: Escaravelho das Palmeiras – Combate à Destruição do PatrimónioPaisagístico de Cascais
Autores: Fernandes, João Pinto
Palavras-chave: Escaravelho das palmeiras
Phoenix Canaeriensis
Integrado
Preventiva
Cascais
Data: 2015
Citação: Fernandes, João Pinto (2015). Escaravelho das Palmeiras – Combate à Destruição do Património Paisagístico de Cascais. Barcarena : Universidade Atlântica
Resumo: Para muitos paisagistas as palmeiras são das plantas preferidas em termos de valorização ornamental. São elementos marcantes na composição da paisagem onde se inserem e transmitem aos locais onde estão implementadas o aspeto histórico, luxuriante e de encantamento do mais fiel estilo tropical. Devido à robustez e porte elevado ocupam lugares de destaque do paisagismo urbano, enaltecendo assim, os alinhamentos de espaços públicos, nomeadamente passeios públicos e arruamentos, a composição de jardins e de jardins históricos e botânicos e, ainda, ambientes internos. O escaravelho das Palmeiras de nome científico Rhynchophorus ferrugineus (Olivier), é hoje, uma das pragas mais importantes das palmeiras. Apesar da sua origem ser o Subcontinente Indiano e Médio Oriente têm-se vindo a propagar por todo o mundo causando danos graves nas palmeiras e até mesmo o seu colapso. Chegou à Europa em 1993 no Sul de Espanha e rapidamente se disseminou pelos restantes países do Mediterrânio, chegando a Portugal, Algarve em 2007 e foi posteriormente assinalado em Cascais em 2010. A palmeira mais apetecível e vulnerável a este inseto é a palmeira das canárias (Phoenix canariensis). As características biológicas deste coleóptero voador, fitófago, cosmopolita, multivoltino e a sua grande capacidade reprodutiva são as principais razões para que seja considerado extremamente nocivo para as palmeiras. O inseto completa as 4 fases do seu ciclo de vida (inseto adulto, ovos, pupa e larva) no interior da palmeira, 4 vezes por ano. A sua rápida reprodução encontra-se inteiramente ligada ao fator abiótico temperatura. A fase mais prejudicial para o estado fitossanitário da palmeira é a altura de larva, destruindo o seu sistema vascular. Uma vez que isto se passa no interior da palmeira é muito difícil o mesmo ser detetado. Os sintomas da infestação na palmeira podem ser observados visualmente, sobre escuta ou através do cheiro. Nas palmeiras das canárias podem-se verificar sintomas como, folhas roídas, orifícios no espique, coroa e base da das folhas, tecidos triturados, cheiro fétido, folhas pendentes ou secas, coroa em “chapéu-de-chuva”, queda de folhas no solo e destruição do meristema. Não existe uma medida de controlo totalmente eficaz e as principais medidas recaem sobre uma abordagem integrada com uma atitude preventiva. A análise para Cascais sobre a temática conclui que, desde 1981 até ao final de 2014 as palmeiras eram protegidas contudo em 2015 deixaram do ser e têm um carater ornamental e paisagístico associado ao turismo tropical que Cascais quer evidenciar junto ao sua linha de costa. A praga encontra-se a descontrolada por todo o território com grande influência nas zonas do Estoril e Cascais. O aumento da temperatura associado aos cenários das alterações climáticas potencia o aumentando da população de insetos. Em Cascais optou-se por uma abordagem integrada com uma atitude preventiva com base na investigação, prospeção através da captura de insetos e tratamentos preventivos e curativos através de duches foliares e endoterapia às palmeiras. O valor investido neste sistema integrado de combate é inferior ao valor ornamental das palmeiras. Uma atitude preventiva e uma seletiva escolha dos exemplares com maior valor ornamental a preservar são a melhor aposta para a manutenção da paisagem caso contrário ocorrerão danos irreversíveis na paisagem.
URI: http://hdl.handle.net/10884/959
Aparece nas colecções:A CTAD/GAT - Trabalhos Finais de Licenciatura

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