Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/20.500.12253/858
Título: A Estratégia perante a Crise: Um Estudo sobre Portugal
Autores: Pequeno, Filipe Miguel do Rosário Lima
Palavras-chave: Crise económica
Competitividade das organizações
Indústrias transformadoras
Estratégias empresariais
Influência de variáveis
Estratégias organizacionais
Data: 22-Jan-2014
Resumo: Os abalos da presente Crise Económica são visíveis por todo o mundo. O seu efeito impulsionador acordou os países mais desenvolvidos para a necessidade de desenvolverem melhores estruturas organizacionais e melhores meios para atingir os seus objetivos. Alterou as condições para um bom desempenho do seu negócio e, consequentemente, a forma como as empresas e as organizações atuam nos mercados. A competitividade e eficiência das organizações dependem, cada vez mais, de condições que requerem estratégias e estruturas adaptadas à crise. Tal como nos diz Cardoso (2011), a sociedade mundial deixou de ser uma sociedade de manufactura e passou a ser uma sociedade de mentefactura (passámos a depender do conhecimento e inovação). As estratégias são, atualmente, pensadas para uma economia de escala e para um conjunto de oportunidades nas quais as empresas são mais fortes. Foi nesse âmbito, portanto, que se baseou o presente estudo: nas várias estratégias que determinadas empresas portuguesas usaram para se posicionar num mercado exigente a vários níveis, perante a crise que se verifica. Se aprendermos mais sobre a nossa história, podemos posteriormente fazer um trabalho melhor, pois serão as nossas ações que se refletirão no futuro. A significância deste conhecimento torna-se de tal maneira importante que nos possibilita atacar mais rapidamente o problema, em vez de culparmos a conjuntura atual. Melhor ainda, coloca-nos na posição favorável de prever possíveis problemas e estudar soluções e estratégias, antes dos mesmos ocorrerem. O estudo teve por base o pensamento e raciocínio de opiniões e estudos anteriormente desenvolvidos. Tentou dar-lhes forma, ou seja, identificaram-se as estratégias de uma classe de empresas em particular, mais propriamente o das Indústrias Transformadoras no contexto do tecido empresarial português, perante a Crise Económica. Dentro de cada grupo de estratégias (Estratégias Tradicionais, Estratégias de Diversificação, Estratégias de Integração Vertical, Estratégias de Flexibilização do Fator Humano, e Estratégias de Incidência Tecnológica), uma ou várias estratégias definiram a tendência das organizações. Como forma de entender o que levou à escolha de cada estratégia em particular, o estudo analisou também a influência das variáveis encontradas durante o percurso (Contexto Histórico, Setor de Negócio, Dimensão Organizacional, Volume de Negócios, Tempo de Atividade), bem como determinados parâmetros comportamentais sobre o nível de estrutura e cultura da organização. Numa última análise, às estratégias identificadas juntou-se também a tendência dos tipos de estrutura mais praticada no período. Com uma amostra de 126 empresas maioritariamente pequenas (por número de empregados), a maioria com um Volume de Negócios inferior a 2 milhões de euros médios anuais e um Tempo de Atividade superior a 20 anos, as principais conclusões foram de que 86% das empresas mostraram ter sido influenciadas pela Crise Económica. As mesmas apresentam hoje estratégias mais direcionadas para o cliente e para a redução de custos, e estruturas mais reduzidas mas de funcionamento mais complexo (com menos camadas de gestão e mais parcerias empresariais). Em particular, o Setor de Negócio, a Dimensão Organizacional, e o Tempo de Atividade foram dimensões que mostraram ter influenciado a competitividade de 69, 58 e 67% das empresas, respetivamente. Com menor influência, mas alguma importância, o Contexto Histórico mostrou influenciar 44% das empresas.
URI: http://hdl.handle.net/10884/858
Aparece nas colecções:A CE/GEST - Teses de Mestrado

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