Cuidados de enfermagem à comunidade LGBTQIA + com patologia oncológica: revisão rápida

Abstract

A comunidade LGBTQIA+ tem sido historicamente sujeita a elevada discriminação social, esta discriminação tem efeitos na saúde geral desta população e também na sua suscetibilidade a várias patologias, como as oncológicas. Vários autores apontam para lacunas na ação dos enfermeiros ao prestarem cuidados inclusivos à comunidade LGBTQIA +, como, por exemplo, falta de formação. Procuramos mapear a literatura existente sobre as intervenções de enfermagem no atendimento à comunidade LGBTQIA + com patologia oncológica, procurando sintetizar os dados obtidos de forma clara e expondo o contributo desta revisão para os cuidados de enfermagem a esta comunidade. Trata-se de uma revisão rápida da literatura, no qual acedemos a base de dados CINAHL através do EBSCOHost, pesquisamos com as palavras-chaves oncologia, neoplasia, minorias sexuais ou de género e enfermagem, e seguimos as recomendações de Cochrane para realizarmos a revisão rápida desde a seleção dos artigos, avaliação da qualidade e síntese feita por dois revisores, com a utilização do software COVIDENCE como apoio a este método. Esta revisão rápida analisou as intervenções de enfermagem direcionadas para a comunidade LGBTQIA+ com patologia oncológica, identificando três questões principais: 1) défice na colheira de dados sobre orientação sexual e identidade de gênero; 2) necessidade de PS e um sistema de saúde culturalmente competente; e 3) desenvolvimento de informações e educação adaptadas aos clientes LGBT. A pesquisa identificou evidências de intervenções de enfermagem recomendadas, destacando a importância de cuidados holísticos e sensíveis às necessidades específicas desta população. As limitações da revisão incluem recursos limitados e a inexperiência dos revisores, o que pode ter comprometido a profundidade da análise. As conclusões indicam a necessidade de maior formação para os PS, enfatizando intervenções baseadas em habilidades de comunicação e respeito. A implementação destas recomendações tem o potencial de melhorar significativamente a qualidade dos cuidados e os resultados de saúde para a comunidade LGBTQIA+ com patologia oncológica.