IMPACTO EMOCIONAL VIVENCIADO PELOS ENFERMEIROS NO CUIDAR DO DOENTE EM PROCESSO DE MORTE

Abstract

Impacto emocional vivenciado pelos enfermeiros no cuidar do doente em processo de morte, O presente trabalho aborda qual é o impacto emocional do processo de morte e dos respetivos cuidados de enfermagem no quotidiano dos enfermeiros, tendo como objetivos, fazer um enquadramento do contexto histórico no cuidar em enfermagem, perceber o processo de morte e a morte em si, a ansiedade e medos experienciados pelos enfermeiros, o alívio da dor no doente, explicar o impacto da dor no enfermeiro, abordar o impacto e a definição na comunicação de más notícias, aplicando o protocolo de SPIKES e compreender o papel do enfermeiro numa equipa multidisciplinar. Desta forma, pretendemos destacar as experiências dos enfermeiros em cuidados especializados no processo de morte, desenvolver a extrema importância deste tema de forma a garantir que há uma perceção cuidada do máximo de pessoas e a integração do conhecimento no quotidiano vivido pelos doentes no processo de morte, assim como na comunicação eficaz no que toca à transmissão adequada de más notícias, quando estas são inevitáveis. Como tipo de estudo, desenvolvemos uma investigação descritiva/ qualitativa, uma vez que pretendemos explicar/ descrever o impacto emocional vivenciado pelos enfermeiros no cuidar do doente em processo de morte. Por sua vez, para a realização desta investigação, utilizámos uma amostra de 221 enfermeiros através de um questionário realizado no Google Forms pelo método de Bardin. De acordo com os resultados obtidos, foram identificados que grande parte dos enfermeiros garantem dificuldades no lidar com o doente em processo de morte, que se traduz no desenvolvimento de sentimentos negativos e complicações em gerir as suas emoções como parte fundamental para distinguir a vida profissional da pessoal. Desta forma, o presente estudo vai ao encontro dos autores citados para a realização deste trabalho. Em suma, concluímos através da temática abordada que, o processo de morte implica uma perceção diferenciada por parte do enfermeiro devido à complexidade existente neste tema que se traduz numa contínua exploração da formação académica. Para além deste fator, é necessário que os enfermeiros desenvolvam a sua capacidade emocional de forma a conseguirem ultrapassar as dificuldades por eles sentidas e vivenciadas durante este processo, adotar estratégias de coping, desenvolver ferramentas para lidar com o doente e a respetiva família e investir no desenvolvimento da aceitação acerca da morte.